Eles são companheiros, ajudam as crianças a lidar desde cedo com responsabilidades, emoções e, de quebra, protagonizam momentos de muita fofura.
E o que você diria se, além de tudo isso, descobrisse que esses mascotes ainda contribuem para a saúde física do bebê? Pois pesquisadores da Universidade de Alberta, no Canadá, reuniram cerca de 700 crianças em um estudo e apontaram que o convívio desde cedo com pets contribui para diminuir o risco do desenvolvimento de alergias e obesidade.
Bebês que convivem com pets têm 2x mais bactérias (do bem!)
O trabalho canadense reuniu 746 crianças cujas mães tiveram a gravidez acompanhada entre os anos de 2009 e 2012. As mulheres que participaram do estudo precisaram relatar se possuíam animais domésticos durante o segundo e/ou terceiro trimestres da gravidez e também no terceiro mês após o parto.
Desse total de bebês, a maioria teve acesso à exposição de pets (70% cães), sendo 8% somente durante a gestação e mais 46,8% tanto durante a gravidez como depois do nascimento.
Toda essa criançada (além das demais participantes do estudo, que não conviveram com animais) teve as fezes analisadas pelos pesquisadores por volta do terceiro mês de vida. E veja só que constatação interessante: a exposição pré e pós-natal aos bichos dobrou a abundância de duas espécies de bactérias nesses bebês, a Ruminococcus e a Oscillospira, associadas justamente à menor chance de as crianças apresentarem alergias e obesidade.
E por que isso acontece?
A hipótese levantada pelos pesquisadores é que a exposição a essas bactérias logo no início da vida (bactérias que estão presentes, por exemplo, no pelo e nas patas dos cachorros) pode acarretar no desenvolvimento precoce da imunidade.
O ganho de saúde para o filho mostrou-se acontecer desde que o bebê está na barriga da mãe: o convívio da gestante com animais de estimação mostrou menor probabilidade da transmissão de uma bactéria (a GBS vaginal, Estreptococos B) para a criança durante o parto, que pode causar pneumonia no recém-nascido.